quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Orégano: a mais nova arma contra o aquecimento global

Suplementos de orégano adicionados à alimentação do gado ajudam a diminuir a emissão de gás metano na atmosfera





Cientistas procuram meios de diminuir a emissão de metano na pecuária. O orégano pode ser um deles
Cientistas da Universidade da Pensilvânia descobriram que suplementos de orégano na alimentação de bovinos ajudam a reduzir em 40% as emissões de metano em vacas, uma dos conhecidos agravantes do aquecimento global. De quebra, o orégano também aumenta a produção de leite.

O metano é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, uma das causas do aquecimento global – ele ajuda a reter na atmosfera parte da radiação solar refletida pela superfície da Terra e absorvida pelos e dióxido de carbono, e com isso as temperaturas aumentam. Comparado com outro gás-vilão, o dióxido de carbono, o metano tem 23 vezes mais potencial de criar o aquecimento global. E um dos maiores emissores do gás são os animais ruminantes, como bovinos, ovinos, caprinos e cervos – a pecuária responde por 16% das emissões totais de metano no planeta.
O gás é produzido naturalmente pelos animais em um dos quatro estômagos do complexo sistema digestivo. Quando a vaca digere seu alimento, bactérias presentes no rúmen – o maior dos estômagos – fermentam o material para liberar seus nutrientes, e um dos subprodutos é o metano. Quanto mais fibra presente na dieta, maior a emissão de metano.
Mas o orégano, em forma de suplemento adicionado à ração, inibe as bactérias metanogênicas, o que reduz a produção de metano. “Ele aparentemente também inibe outras espécies de bactéria, mas isso não afeta a fermentação global no rumem”, disse Alexander Hristov, autor do estudo.
As oito vacas do experimento produziram um litro e meio a mais de leite do que as que não tomaram o suplemento de orégano. Hristov acredita que isto esteja atrelado ao fato das vacas deixarem de perder de energia com o gás metano, que são cerca de 7% da energia bruta do alimento. Desta forma, elas podem usar a energia que seria usada na transformação do metano para a síntese do leite.
O professor vai continuar seu estudo. Ele pretende fazer testes em outras oito vacas. “O orégano é muito caro para servir de alimento para o gado, vamos estudar os componentes do orégano para que possamos criar um suplemento sintético”.

Hristov disse que alguns compostos presentes no orégano, como carvacrol, geraniol e timol, parecem desempenhar um papel mais importante na supressão de metano. Identificar os compostos ativos é importante porque compostos puros são mais fáceis de produzir comercialmente e mais econômica para os agricultores a usar.
Entre 1968 e 1972, registros mundiais mostram que a temperatura da superfície do mar no Hemisfério Norte recuou 0,3 graus Celsius rapidamente. Isto ocorreu principalmente no Atlântico Norte.
Os cientistas costumavam pensar que esse episódio tinha sido apenas um efeito colateral do lento acúmulo de poluição atmosférica proveniente de carros e usinas de energia, que bloqueou a luz solar.
Agora, pesquisadores descobriram que o aquecimento global foi interrompido em 1970, quando uma onda de frio no norte dos oceanos fez com que as temperaturas mundiais diminuíssem temporariamente.
Cientistas americanos e britânicos examinaram os registros de temperatura de 1968 a 1972 e disseram que a queda brusca de temperatura em 1970 ocorreu ao mesmo tempo que um súbito afluxo de água gelada do Ártico.
Este fluxo de água fresca no Atlântico Norte é conhecido como “grande anomalia de salinidade”, e os cientistas acreditam que o frio nestes oceanos levou a uma diminuição das temperaturas mundiais, resultando em uma pausa momentânea do aquecimento global.
Os pesquisadores constataram a queda de temperatura após eliminar outros fatores que poderiam ter bloqueado a luz solar, tais como cinzas vulcânicas e correntes dos oceanos.
Os resultados da pesquisa são nitidamente contrários a todas as previsões anteriores sobre a diminuição da temperatura nesse período, porque o novo estudo nota que este “impulso” de temperaturas mais baixas pareceu ocorrer devido a variações naturais, ao invés de atividade humana.
Segundo os pesquisadores, a “grande anomalia de salinidade” não tem qualquer relação com o aquecimento global ou o efeito estufa causado pelos seres humanos.
Em contraste, o painel de cientistas do clima da ONU mencionou que a temperatura média mundial aumentou em 0,7 graus Celsius desde a Revolução Industrial. O gelo do mar é feito de água fresca, e por causa dos combustíveis fósseis que emitem dióxido de carbono e, supostamente, das temperaturas mais altas no mundo desde a Revolução Industrial, o gelo marítimo no Ártico pode ter derretido e desaguado no Atlântico Norte devido à atividade humana.
Os pesquisadores que afirmaram que as causas dessa baixa de temperatura foram naturais foram acusados de exagerar evidências que apóiam o aquecimento global. Após uma revisão do estudo, as denúncias foram apuradas e a pesquisa foi liberada. Os cientistas disseram que, na verdade, esse estudo destaca as causas do resfriamento global, e não do aquecimento.
Modelos climáticos
Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas e naturais (variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica está actualmente convencida de que uma proporção significativa do aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores do efeito estufa emitidos pela actividade humana.
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas concorda que importantes características climáticas estejam sendo incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão.
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que factores externos não levados em consideração poderiam alterar as conclusões acima. Os críticos dizem que simulações climáticas são incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partículas, ajustar a retroalimentação do vapor de água e levar em conta o papel das nuvens. Críticos também mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria da comunidade científica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser muito importantes e não são levados em conta pelos modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela acção humana poderia ser menor do que se pensa actualmente.
Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)
Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.
O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.
Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto
Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.

O Desmatamento Ilegal da Amazônia

A Amazônia, que antes era um terreno florestal que abrigava inúmeras espécies de animais, aves e índios; transformou-se em uma área destinada à agropecuária, produção de grãos e centro urbano. Estima-se que, se nenhuma providência for tomada, em 40 anos a Amazônia estará totalmente desmatada.

Muitas pessoas já foram vítimas de grande violência por tentarem defender a terra, os índios Manokis, por exemplo, foram expulsos do seu território e outros 170 povos que ali residiam. Tudo começou em 1970, quando a ditadura militar decidiu ocupar o território para não correr o risco de perdê-la. Milhares de pessoas, de todos os lugares do país, chegavam para trabalhar nas terras, mas a maioria morria ou voltava para a terra natal por falta de recursos. Os que conseguiram permanecer nas terras fizeram queimadas para cultivar seu alimento.

Havia e ainda há vários fazendeiros e especuladores interesados em apropriar-se de um pedaço de terra da Amazônia e isso, além de desmatar o que formalmente deveria ser preservado, provoca várias mortes, pois a busca incansável por terras os leva a cometer crimes ambientais e contra a vida humana.

Algumas empresas renomadas também participam da destruição da Amazônia, pois ao comprarem matéria-prima ou qualquer tipo de material ilegal contribuem para que essa ação seja continuada e o ambiente altamente prejudicado. Sem falar que a floresta ameniza o aquecimento global, retendo e absorvendo o dióxido de carbono, limpa a atmosfera, traz circulações de águas, entre outros benefícios que estão sendo inibidos por pessoas sem escrúpulos.
É necessario que medidas rígidas e severas sejam tomadas para o bem da nação e da vida humana, que necessita da Amazônia para amenizar o estrago feito pelo homem.